25 de julho de 2012

Disfarce


Uma mascará cravada em mim
Boca costurada
Olhos, às vezes, fechados
Vai e vem de tristeza
Uma entorpecedora alegria

As roupas que eu visto não são as que eu escolhi
As palavras que eu digo
Talvez. Não sei.
Não entendo.

É contraditório
Dolorosamente farto
Sorrisos que anestesiam tristeza
Ensurdecedora controversa total.

Tenho perguntas que me crucificam
Olhares, gestos e beijos que me detestam

Podem fechar as cortinas
Mas não esperem a mascará cair
O espetáculo chega ao fim a cada anoitecer
Mas o amanhecer abre as cortinas.
Mesma face. Novas mentiras

28 de maio de 2012

O Amapá em destaque na imprensa nacional


Em meio a todos os escárnios à que a sociedade amapaense foi exposta pela mídia nacional, vê-se destaques positivos, que enfim, a imprensa fez questão de notar. Deixando de lado a – talvez - compras de matérias, para fazer de fato, escolhas por histórias que humanizam e mostram o quão o povo deste rincão pode ter boas ideias e iniciativas. Foi o caso da reportagem de ontem do Fantástico e da transmissão do Jungle Fight que será feita pelo canal pago Combat.
A professora de Laranjal do Jari, Elizabete Rodrigues, fazia bolos em casa para vender na praça para conseguir custear a viagens dos alunos à cidade de Pittsburgh, na Pensilvania, onde apresentariam a invenção de um biodigestor. Com a ajuda de amigos e tirando do seu próprio bolso a professora conseguiu realizar o seu sonho e o dos garotos. E a engenhoca pôde ser exposta em Pittsburgh, e assim garantiram medalhas e um diploma da marinha americana.
Esse é um exemplo a ser seguido, e que em meio a greve que os educadores do Estado passam, possa servir de incentivo a valorização da classe e de projetos discentes.
Outro destaque é o evento de MMA que ocorrerá no próximo dia 15 de junho, no Ginasio Avertino Ramos, o Jungle Fight. Maior evento de artes marcias mistas da América Latina, presidido por Wallid Ismail.
É o primeiro evento esportivo a ser transmitido em Macapá. A aposta é boa, já que a cada dia vem crescendo mais os adeptos do esporte, e é sem duvida um marco para o esporte do estado que terá as portas abertas para a mídia nacional.
O Amapá até foi evidenciado em 2007, quando o Globo Esporte nacional fez uma reportagem sobre o projeto social do ex pugilista Nelson dos Anjos. Mas cobertura esportiva de competição é inédito no Estado.
Para está iniciativa há agradecimentos ao Governo do Estado do Amapá, que está apoiando o evento e que, tem diretamente ajudado os atletas dessa modalidade.
Entre relações com a mídia, sejam de forma positiva ou negativa, mas – sempre que possível – o estado está aparecendo, tem seus minutos de glória ou decepção. Entretanto, temos que torcer para que, a mídia tão corruptível não se deixe levar por informações difamatórias e “picuinhas” políticas, e faça coberturas e reportagens como as mencionadas acima.

21 de maio de 2012

Uma das poesias que eu mais gosto e me identifico. Espero que gostem!


PEDAÇOS DE MIM


Eu sou feito de

Sonhos interrompidos

detalhes despercebidos

amores mal resolvidos


Sou feito de

Choros sem ter razão

pessoas no coração

atos por impulsão


Sinto falta de

Lugares que não conheci

experiências que não vivi

momentos que já esqueci


Eu sou

Amor e carinho constante

distraída até o bastante

não paro por instante




Tive noites mal dormidas

perdi pessoas muito queridas

cumpri coisas não-prometidas


Muitas vezes eu

Desisti sem mesmo tentar

pensei em fugir, para não enfrentar

sorri para não chorar


Eu sinto pelas

Coisas que não mudei

amizades que não cultivei

aqueles que eu julguei

coisas que eu falei


Tenho saudade

De pessoas que fui conhecendo

lembranças que fui esquecendo

amigos que acabei perdendo

Mas continuo vivendo e aprendendo.

Martha Medeiros

21 de abril de 2012

Domingo também é dia de feira!!!

Dia 29 de Abril estréia o programa “Feira Sonora”, que será transmitido todos os domingos pela TARUMA FM-104,3 MHz, das 20h às 22h, conduzido pelos acadêmicos de comunicação social Marcio Roney, Renato Atayde e Rodrigo Sales.A proposta é fugir do que é executado nas FMs macapaenses, tocando músicas com um repertório de primeira com canções lado B(que nem sempre tocam em estações mais comercias), uma programação musical de maneira variada, do Pop Rock ao Samba, dos anos 80 até as músicas atuais, do regional à MPB, e ainda trazendo noticias do universo cultural e assuntos do cotidiano.

O programa será dividido em cinco blocos. A ideia é balancear bem essa mistura: histórias da cidade, fatos estranhos que acontecem pelo mundo, notícias musicais, dicas de shows, exposições e filmes bacanas. Tudo Vale.

O programa terá como ponto alto os quadros “Xepa” e “DNA”. O Xepa vem como forma de incentivo a cultura local, de apoio à música independente. No quadro tocaremos demos, e produções de bandas iniciantes no Estado. Já o DNA trata-se de um bloco que conta/toca um pouco da história de um músico. Tipo: o cara que se projetou em uma banda e saiu para seguir em carreira solo, ou formou outra banda ou vice-versa.

Para que o feedback aconteça, os ouvintes poderão dar sugestões de programas culturais para a semana, indicar músicas para o repertório, fazer indicações de filmes e livros, assim como, do estúdio levaremos essas informações. Estando a disposição telefones, email, redes sócias para que seja a ligação entre o ouvinte e apresentadores.


1 de março de 2012

Arquipélago mais inóspito do Brasil

Ilhas de São Pedro e São Paulo só podem ser acessadas por navio
Antenas de satélite estão sendo instaladas para
verificar o funcionamento de internet e telefone na ilha




Considerada umas das regiões mais inóspitas do país, o arquipélago está localizado a mais de 1.010 km da costa brasileira, pertencendo ao estado de Pernambuco, apesar de estar mais próximo a cidade de Natal (RN), e é também uma das áreas mais promissoras para a pesquisa, devido a diversidade de espécies e de informações geológicas.




Só é possível chegar a ilha de navio



Com uma área de 17 mil m² e apenas 18 metros de altitude, São Pedro e São Paulo é um território guardado pela Marinha do Brasil, que mantém funcionando no local – há 14 anos – uma estação científica habitada constantemente por pesquisadores de diversas universidades (apenas uma ilha, a de Belmonte, é habitada e contém algum tipo de vegetação. O restante é ocupado por caranguejos e aves como o atobá-marrom).


Darwin passou por aqui
A história ensina que o nome do arquipélago se deu devido a um incidente envolvendo a nau portuguesa São Pedro, em 1511, que se desgarrou da armada que partiu de Portugal e veio se chocar com os rochedos, sem chance de salvamento.
De acordo com a Marinha, o interesse pelo arquipélago também foi despertado no naturalista Charles Darwin, que passou pelo conjunto de ilhas em 1831, a bordo do navio Beagle. Entretanto, imagens do arquipélago só teriam sido divulgadas em no século seguinte.


No terreno irregular das ilhas também foi instalado um farol, que orienta grandes embarcações que passam próximo ao local em direção à Ásia ou América do Norte, como navios pesqueiros chineses.


Referência: G1 Natureza


22 de fevereiro de 2012

Digital x Impresso

Zuenir Ventura, O Globo

Espalhados pelo chão, empilhados sobre a mesa, em cima das cadeiras, dezenas de livros aguardavam voltar para as estantes, de onde foram retirados por causa de uma pequena obra em casa.
Eu acabara de ler no Prosa & Verso uma matéria que me pôs a pensar sobre o futuro deles. Será que teriam utilidade para Alice daqui a uns 15 anos?
O debate no suplemento era sobre os efeitos do mundo digital sobre a leitura, a competição entre internet e texto impresso, fazendo lembrar a antiga discussão entre o que Umberto Eco chamou de “apocalípticos e integrados”, para definir os que temiam e os que aceitavam a comunicação de massa.
No artigo em que procurava desfazer o clima maniqueísta da disputa, Pedro Doria analisava os mais recentes trabalhos que tratam do tema.
O apocalíptico dessa história é Nicholas Carr, autor de “A geração superficial: o que a internet está fazendo com os nossos cérebros”. Recorrendo ao próprio exemplo, ele confessa que antes passava horas mergulhado em extensos trechos de prosa. “Agora, raramente isso acontece. Minha concentração começa a se extraviar depois de uma ou duas páginas.”
Na mesma linha, outro intelectual dizia que ninguém mais lê “Guerra e paz” por ser “longo demais”. A internet teria mudado nosso jeito de ler, passando de linear, sequencial, para uma forma fragmentada, desatenta, interrompida por hiperlinks.
Olhei à minha volta e percebi o quanto havia de volumes “longos demais”, que daqui a pouco estariam condenados, segundo essa tendência. Ali estavam “Ulisses”, de James Joyce, 888 páginas); “Gênio”, de Harold Bloom (828); “Pós-guerra”, de Tony Judt (847); “Casa Grande & Senzala”, de Gilberto Freyre, 40 edição (668); “Os sete pilares da sabedoria”, de T.E. Lawrence (782), entre muitos outros.
Será que a humanidade não iria produzir mais uma “Divina Comédia”, um “Lusíadas” ou um “D. Quixote”? Será que só haverá lugar para mensagens de 140 toques? Talvez, se estivermos fabricando o que Carr chamou em entrevista a Guilherme Freitas de “leitor distraído, que não lê com profundidade; passa os olhos no texto, lê na diagonal”. Decodifica apenas, em vez de “um sofisticado ato de interpretação e imaginação”.
A questão, porém, é mais complexa, como se depreende do ensaio do professor João Cezar de Castro Rocha na mesma edição. Ele mostra que o advento da palavra impressa causou impacto parecido no universo da palavra falada e escrita. Décadas depois da invenção dos tipos móveis, o livro foi comparado a uma catedral, com um final que se anunciava infeliz: “O livro destruirá o edifício; a imprensa superará a arquitetura.”
Agora, voltou à moda decretar o fim do impresso. Para quem, como eu, acredita na convergência e não no antagonismo entre as tecnologias de comunicação, o consolo é que os que anunciaram a morte da imprensa e do livro morreram antes.

Retirado do Blog do Noblat

13 de fevereiro de 2012

O amor acaba

De Paulo Mendes Campos

O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.

Texto extraído do livro "O amor acaba", Editora Civilização Brasileira – Rio de Janeiro, 1999, pág. 21, organização e apresentação de Flávio Pinheiro.
 o.

30 de janeiro de 2012

Poesia de um (talvez) apaixonado

Tudo Novo De Novo      
              
Quando eu menos imaginava você me apareceu. Apareceu fazendo desaparecer em mim os vestígios do que eu não acreditava.

Fui em busca do desconhecido, imaginando nem chegar a conhecer o teu rosto, muito menos teu espírito.

Veio assim bruscamente, trêmulas as vozes e mãos se entrelaçavam com as batidas do coração.

Já não sei o que aconteceu a partir dalí. Ou melhor, sei sim, foi amor.

O que eu não sabia, era que eu não conhecia como era bom amar. Bom amar você.

Agora fico revirando os meus calafrios, e no frio tento buscar você.

Por que a pele macia que eu percorria me fazia adormecer.

Espero encontrar novamente, como naquela noite quente o amor pra me enlouquecer.

Mas os outros encontros são como tantos outros. A diferença é com você tudo se torna primeira vez. Com você não existe outra vez, simplesmente talvez.

Que os medos deixem de ser medos, que o que nos cerca deixe de ser ameaça e se torne sossego.

Não quero pra mim uma luta armada, prefiro a voz de uma amada do que desprazer de ser desprezado.

Deixe que digam, que pensem e ouçam. O que importa é que já não é pouco, pouco o que sentimos. Você demonstra isso em seus sorrisos.

Não se martirize com as preocupações, elas podem te levar à novas concepções. Você merece a paz que eu também quero pra mim.

Espero que nas outras vezes tudo seja de novo assim. É tão bom sentir isso, espero que não tenha fim.

6 de janeiro de 2012

Viver vale a pena



A vida para alguns é um caminho a ser percorrido, para outros é um desafio a ser superado, para os mais exagerados é um obstáculo a ser ultrapassado, para os espíritas é apenas uma passagem, para os céticos é apenas uma existência. O que ela é, ou representa não é o ponto em questão, e sim o como você aproveita a oportunidade que lhe foi ofertada, e não estou falando de divindades, falo da disputa pela qual você se esforçou tanto pra vencer e quando fez isso se propôs a ser sempre o campeão e sempre conquistar aquilo que você almeja. Entre bilhões de espermatozóides você foi o único que conseguiu fecundar o óvulo. Tendo vencendo isso, porque você não vencerá viver com problemas e preocupações. Trate tudo isso como você quiser, mas fato é que, tudo isso vem pra lhe ensinar que é possível ultrapassar as tormentas e usufruir de um lindo horizonte. Sendo clichê ou não isso é um fato inegável que te acompanhará em vários momentos da sua vida, mas cabe a você saber administrar o que foi conquistado por você.
Quando tudo parece estar se realizando na sua vida, continue no ritmo que está porquê foi isso que te levou até esse ponto. Agora, se você perder o controle e não conseguir administrar suas realizações, com toda a certeza voltará à estaca zero. Construa caminhos onde você possa percorrer com o que você é, e não com aquilo que as pessoas querem que você seja. Sua felicidade não depende da felicidade dos outros. Solidarizar sentimentos é só um instrumento para a felicidade.
Entra aí o embate entre felicidade condicionada a sentimentos por outros. Não menosprezando o que sentimos por nossos familiares, esse sentimento, esse amor é o amor que se gerou em nós desde a gestação, foi alimentado para existir, crescer e dar frutos. Já o amor que desenvolvemos por outras pessoas no decorrer de nossas vidas são gerados pelo afeto natural de cada ser humano como, dar carona a um desconhecido, doar suas roupas usadas a quem necessita, dar uma palavra amiga a quem se sente sozinho. Esse sentimento pode ser também, alimentado, crescer e dar frutos, frutos esses que viram casamentos e filhos. Mas porquê todo esse rodeio sobre amor? Porque que pessoas limitam sua felicidade para garantir a felicidade dos outros, servir aos outros é uma grande e importante qualidade, que deve ser admirada e cultivada, mas não deve ser mal usada. Se você se doa demais aos outros acaba esquecendo de si mesmo. Você precisa construir seus alicerces baseado nas coisas que foram cultivadas por toda a sua vida, que foram aprovadas pelas pessoas que você ama.
A música do saudoso Gonzaguinha caí muito bem, e merece ser cantada e vivida, porque “viver e não ter a vergonha de ser feliz, e cantar e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz” é primordial. Isso mesmo, você é um eterno aprendiz, vivemos em um ciclo onde cada recomeço é uma nova etapa, e cada passo dado merece ser vivenciado com intensidade e sabedoria para que não seja desperdiçado. Deixe de colocar suas dificuldades e futuros problemas em primeiro lugar, um dia eles chegaram, você os viverá e ultrapassando (ou não) eles serão sempre lembrados por que você soube enfrentá-los.
Mais vale ter lembranças por algo que valeu a pena, do que não ter lembranças pra dizer que valeram a pena. Mais vale um segundo de felicidade, do que horas de arrependimento por não ter vivido. Enquanto muitos se envergonham da vida que tem, você pode estar gritando pra todo mundo o quão feliz você é. E lembre-se: isso vale mais do que qualquer coisa porquê só você sabe o quanto foi bom.

30 de dezembro de 2011

Mais uma desse 'governo de todos'!



Estou estarrecido com os acontecimentos de ontem.

Ver que a dedicação de pessoas que se COMPROMETERAM com o povo, de pessoas que se dedicaram durante meses a ajudar famílias com cestas básicas, bicicletas e sálarios minimos, tudo totalizando 18 mil reais, representam os 18 mil que o Governador Camilo Capiberibe gastou com flores para a residencia oficial.

Um evento com atração nacional, com ajuda a famílias carentes, levando lazer a uma aréa pobre da cidade. Tudo isso não foi levado em conta. A polícia com total truculência abordou os organizadores Pedro Da Lua, Pedro da Costa Neto, Rodrigo Portugal e Caetano Bentes, expôs os mesmos e aos demais que acompanhavam o evento à cenas de violência que foram observadas no programa O Estado É Notícia, que teve um de seus apresentadores, o jornalista Patrick Almeida agredido por policiais.O show que estava programado foi cancelado, toda a programação foi encerrada levando as famílias alí presentes a indignação. A pergunta é: porq tudo isso? Será por causa do som alto? Não! Não foi por isso, foi pela mensagem que o evento passava. Dinheiro público foi DESPERDIÇADO durante esse ano, enquanto milhares de pessoas padeciam e morriam nos hospitais precários do Amapá. O caos em que o Estado está teria sua contribuição com cidadãos comuns, que levariam a famílias carentes uma cesta básica e até um salário minimo que tantas pessoas precisam nesse Estado com uma economia defasada.

Fica aqui meus parabéns aos organizadores e meu pedido ao povo amapaense que se levante, que mostre o desprazer, a insatisfação e rejeição a esse governo ditatorial e unilateral - que atende só o lado dos seus correligionários e parentes -, ficam aqui os votos de que em 2012 o POVO torne o Amapá em um Estado melhor pra se viver! Um Estado de Todos de fato!