25 de julho de 2012

Disfarce


Uma mascará cravada em mim
Boca costurada
Olhos, às vezes, fechados
Vai e vem de tristeza
Uma entorpecedora alegria

As roupas que eu visto não são as que eu escolhi
As palavras que eu digo
Talvez. Não sei.
Não entendo.

É contraditório
Dolorosamente farto
Sorrisos que anestesiam tristeza
Ensurdecedora controversa total.

Tenho perguntas que me crucificam
Olhares, gestos e beijos que me detestam

Podem fechar as cortinas
Mas não esperem a mascará cair
O espetáculo chega ao fim a cada anoitecer
Mas o amanhecer abre as cortinas.
Mesma face. Novas mentiras

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