12 de setembro de 2011

Submissão feminina: uma característica guardada





Há décadas atrás a latente submissão feminina era símbolo de uma boa educação, de que bons modos foram passados e que ela estava pronta pra casar e ser uma eximia dona de casa (a mulher na Idade Média). Hoje isso não mudou muito, ela é educada para ser introvertida, guardar para si próprio os ideais feministas e atender a seus irmãos, tios, maridos e chefes com educação e mostrar-se uma pessoa segura e pulso firme, uma mulher de fibra. Isso tudo é uma embalagem colocada para que elas se coloquem assim, esnobem as atitudes machistas e autoritárias. Apesar das negativas que as mulheres farão ao ler essas palavras no fundo elas saberão que tudo isso é real e que conhecem mulheres que são exatamente assim ou se identificaram com algum ponto comentado. Mas toda essa opinião ficara guardada para si própria para não expor o seu lado submisso para as pessoas que vêem você como uma fortaleza.

Segundo Nietzsche a mulher vê o homem, secretamente, como o aço vê o imã, tal qual dissesse a si mesma: “odeio-te porque tens força o bastante para me atrair, mas não tens força o bastante para me vergar”. A mulher sente necessidade de se sentir protegida, é como poder ter o cordão umbilical novamente, tem alguém que às alimente de afeto e elogios, que lhe acaricie e a exalte. Isso é a atração que as faz forçar a se envergar, a se entregar, que se submetam completamente aos caprichos masculinos e sociais, mas como querem fugir da envergadura tendenciosa que às querem submeter elas se põem em casulos esnobes, frios, rudes e amargos. Isso coloca a mulher como objeto de proteção do homem.

A bíblia diz em Efésios 5.22-24: (22) Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor, (23) pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. (24) Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos. A “mulher moderna” entende esses parágrafos como uma ofensa. Mas, fato é, colocasse assim a submissão feminina segundo a bíblia. As mulheres mais conservadoras (e altamente religiosas) entendem e seguem isso, mas hoje a maior parte faz questão de fugir desses modos, querem parecer super modernas, talvez até vanguardistas, mas como o homem na maioria dos lares e o provedor, administrador e mentor da casa sobra à mulher duas opções: dedicar-se a vida doméstica ou infiltrar-se em uma sociedade machistas e sofrer os abusos masculinos no qual não sofreria em casa.

De uma forma análoga, a mulher pouca razão tem para ser submissa em qualquer coisa. Se tomarmos como fato natural que ela pode ser atraída, mas não existe possibilidade de vergá-la, não há preço que torne isso justificável, do ponto de vista dela, ceder o que é impossível de ser cedido. Justamente porque ceder domínio não significa estar sendo dominada, e segundo ela, não é um domínio real. As mulheres gostam de parecer ao homem que eles podem mandar, que os maridos podem ser donos de suas esposas, quando na verdade – segundo elas –quem domina são as mulheres. Isso é pura utopia feminina, quanto mais elas pensam que enganam, aí é que se enganam mais, com uma auto-submissão como afirma Nietzsche.

A submissa voluntária é, hoje, algum tipo de gueixa em pleno século XXI. Para considerar uma relação assim bem sucedida, se toma que por livre e espontânea  vontade, a mesma elege alguém a quem dá seu comando, uso e fruto, sobre seus atos e corpo.

Independente da posição social que ocupa, da condição financeira que tenha, do cargo que exerça e do intelecto que possui, as mulheres sempre trarão em si a submissão, seja ela na relação conjugal, ou na relação social que está inserida, ela pode expor isso de maneira intima ou de maneira explicita, o modo depende da construção familiar em que ela foi criada.

Em contra partida é importante frisar que com tantas conquistas de espaço, a inserção nos mais diferentes seguimentos da sociedade, desde construção civil até política – prova disso é termos uma mulher na presidência deste país – é sem dúvida alguns pontos positivos para os modos comportamentais serem modificados e deletados por completo do diagnóstico da mulher moderna. Mas enquanto a mulher se deixar tomar pela fragilidade que lhe é natural e pela afetividade instantânea que possui, ela não se desprenderá do perfil submisso que os tempos de uma sociedade dominado pelo autoritarismo machista incorporou a ela. No seu íntimo você sabe que é assim, mas como disse no inicio você faz questão de não se identificar com “esse tipo de mulher”. A saída então é a mulher sair do casulo e como uma metamorfose assumir sua identidade sem fazer “tipinhos”, ser você mesma e não o que a sociedade quer que você seja.

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