Há décadas
atrás a latente submissão feminina era símbolo de uma boa educação, de que bons
modos foram passados e que ela estava pronta pra casar e ser uma eximia dona de
casa (a mulher na Idade Média). Hoje isso não mudou muito, ela é educada para ser introvertida, guardar
para si próprio os ideais feministas e atender a seus irmãos, tios, maridos e
chefes com educação e mostrar-se uma pessoa segura e pulso firme, uma mulher de
fibra. Isso tudo é uma embalagem colocada para que elas se coloquem assim,
esnobem as atitudes machistas e autoritárias. Apesar das negativas que as
mulheres farão ao ler essas palavras no fundo elas saberão que tudo isso é real
e que conhecem mulheres que são exatamente assim ou se identificaram com algum
ponto comentado. Mas toda essa opinião ficara guardada para si própria para não
expor o seu lado submisso para as pessoas que vêem você como uma fortaleza.
Segundo
Nietzsche a mulher vê o homem, secretamente, como o aço vê o imã, tal qual
dissesse a si mesma: “odeio-te porque tens força o bastante para me atrair, mas
não tens força o bastante para me vergar”. A mulher sente necessidade de se
sentir protegida, é como poder ter o cordão umbilical novamente, tem alguém que
às alimente de afeto e elogios, que lhe acaricie e a exalte. Isso é a atração
que as faz forçar a se envergar, a se entregar, que se submetam completamente
aos caprichos masculinos e sociais, mas como querem fugir da envergadura
tendenciosa que às querem submeter elas se põem em casulos esnobes, frios,
rudes e amargos. Isso coloca a mulher como objeto de proteção do homem.
A bíblia diz
em Efésios 5.22-24: (22) Mulheres, sujeite-se
cada uma a seu marido, como ao Senhor, (23) pois o marido é o cabeça da mulher,
como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o
Salvador. (24) Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres
estejam em tudo sujeitas a seus maridos. A “mulher moderna” entende esses parágrafos como uma ofensa. Mas, fato
é, colocasse assim a submissão feminina segundo a bíblia. As mulheres mais
conservadoras (e altamente religiosas) entendem e seguem isso, mas hoje a maior
parte faz questão de fugir desses modos, querem parecer super modernas, talvez
até vanguardistas, mas como o homem
na maioria dos lares e o provedor, administrador e mentor da casa sobra à
mulher duas opções: dedicar-se a vida doméstica ou infiltrar-se em uma
sociedade machistas e sofrer os abusos masculinos no qual não sofreria em casa.
De uma forma
análoga, a mulher pouca razão tem para ser submissa em qualquer coisa. Se
tomarmos como fato natural que ela pode ser atraída, mas não existe
possibilidade de vergá-la, não há preço que torne isso justificável, do ponto
de vista dela, ceder o que é impossível de ser cedido. Justamente porque ceder
domínio não significa estar sendo dominada, e segundo ela, não é um domínio
real. As mulheres gostam de parecer ao homem que eles podem mandar, que os
maridos podem ser donos de suas esposas, quando na verdade – segundo elas –quem
domina são as mulheres. Isso é pura utopia feminina, quanto mais elas pensam
que enganam, aí é que se enganam mais, com uma auto-submissão como afirma Nietzsche.
A submissa
voluntária é, hoje, algum tipo de gueixa em pleno século XXI. Para considerar
uma relação assim bem sucedida, se toma que por livre e espontânea vontade, a mesma elege alguém a quem dá seu
comando, uso e fruto, sobre seus atos e corpo.
Independente da posição social que ocupa, da condição financeira que
tenha, do cargo que exerça e do intelecto que possui, as mulheres sempre trarão
em si a submissão, seja ela na relação conjugal, ou na relação social que está
inserida, ela pode expor isso de maneira intima ou de maneira explicita, o modo
depende da construção familiar em que ela foi criada.
Em contra partida é importante frisar que com tantas conquistas de
espaço, a inserção nos mais diferentes seguimentos da sociedade, desde
construção civil até política – prova disso é termos uma mulher na presidência deste
país – é sem dúvida alguns pontos positivos para os modos comportamentais serem
modificados e deletados por completo do diagnóstico da mulher moderna.
Mas enquanto a mulher se deixar tomar pela fragilidade que lhe é natural e pela
afetividade instantânea que possui, ela não se desprenderá do perfil submisso
que os tempos de uma sociedade dominado pelo autoritarismo machista incorporou
a ela. No seu íntimo você sabe que é assim, mas como disse no
inicio você faz questão de não se identificar com “esse tipo de mulher”. A
saída então é a mulher sair do casulo e como uma metamorfose assumir sua
identidade sem fazer “tipinhos”, ser você mesma e não o que a sociedade quer
que você seja.
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