30 de dezembro de 2011

Mais uma desse 'governo de todos'!



Estou estarrecido com os acontecimentos de ontem.

Ver que a dedicação de pessoas que se COMPROMETERAM com o povo, de pessoas que se dedicaram durante meses a ajudar famílias com cestas básicas, bicicletas e sálarios minimos, tudo totalizando 18 mil reais, representam os 18 mil que o Governador Camilo Capiberibe gastou com flores para a residencia oficial.

Um evento com atração nacional, com ajuda a famílias carentes, levando lazer a uma aréa pobre da cidade. Tudo isso não foi levado em conta. A polícia com total truculência abordou os organizadores Pedro Da Lua, Pedro da Costa Neto, Rodrigo Portugal e Caetano Bentes, expôs os mesmos e aos demais que acompanhavam o evento à cenas de violência que foram observadas no programa O Estado É Notícia, que teve um de seus apresentadores, o jornalista Patrick Almeida agredido por policiais.O show que estava programado foi cancelado, toda a programação foi encerrada levando as famílias alí presentes a indignação. A pergunta é: porq tudo isso? Será por causa do som alto? Não! Não foi por isso, foi pela mensagem que o evento passava. Dinheiro público foi DESPERDIÇADO durante esse ano, enquanto milhares de pessoas padeciam e morriam nos hospitais precários do Amapá. O caos em que o Estado está teria sua contribuição com cidadãos comuns, que levariam a famílias carentes uma cesta básica e até um salário minimo que tantas pessoas precisam nesse Estado com uma economia defasada.

Fica aqui meus parabéns aos organizadores e meu pedido ao povo amapaense que se levante, que mostre o desprazer, a insatisfação e rejeição a esse governo ditatorial e unilateral - que atende só o lado dos seus correligionários e parentes -, ficam aqui os votos de que em 2012 o POVO torne o Amapá em um Estado melhor pra se viver! Um Estado de Todos de fato!

22 de novembro de 2011

" Trechos "



Se todos os momentos que a dedicação nos leva, proporciona-se incondicional felicidade, assim seria possível ama uns aos outros sem questionamentos.
Gostaria de sentir-me completo como os grandes garotos de filmes, que percorrem longos caminhos, trilham suas vidas e voltam pra casa para serem recebidos com um sorriso no rosto. Fomos criados para a liberdade, comprovadamente tudo e todos necessitam de liberdade, ser livres, seja a liberdade física ou espiritual, poder proporcionar os momentos de liberdade sem sair do lugar é a melhor forma de ser livre.
Na busca por encontrar a felicidade, pela plenitude espiritual e equilibrar o físico com o sentimental, deve-se viver para servir.
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Os paragrafos a seguir foram retirados do Livro O Monge e o Executivo – Uma história sobre a essência da liderança de James C. Hunter – Editora Sextante - 2009 - Capitulo 4-O Verbo.

Esse livro é sensacional, fala de liderança não só para lideres, mas para quem precisa liderar a si mesmo, fala de como cada um de nós pode crescer sabendo das características que possuímos e que os próximos possuem. Já me adianto pra indicar o livro e dizer que vale a pena a leitura e compartilha-lo com vocês.

...
Os sentimentos talvez possam ser a linguagem do amor ou a expressão do amor, mas não são o amor.  “O amor é o que o amor faz”.
Observei – eu percebo claramente que há ocasiões em que minha mulher não gosta muito de mim. Mas ela permanece ao meu lado, de qualquer modo. Ela pode não gostar de mim, mas continua a me amar e manifesta isso por suas ações e envolvimento.
Ouvi sujeitos me falarem muitas e muitas vezes o quanto amavam suas esposas. Eles falam isso sentados nos bares, caçando mulheres. Ou pais que se derretem de amor pelos filhos, mas não conseguem separar 15 minutos do dia para ficar com eles. E alguns dos companheiros do Exército, que fazem grandes declarações de amor às garotas quando o que querem é ir para a cama com elas. Portanto, dizer e fazer não são a mesma coisa não é?
Nem sempre posso controlar o que sinto a respeito de outras pessoas, mas posso me controlar e controlar como me comporto em relação a outras pessoas. Os sentimentos variam, dependendo do que aconteceu na véspera! Meu vizinho talvez seja difícil e eu posso não gostar muito dele, mas posso me comportar amorosamente. Posso ser paciente com ele, honesto e respeitoso, embora ele opte por comportar-se mal.
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Epístola aos Coríntios. Cap. 13

O amor é paciente, bom, não se gaba nem é arrogante, não se comporta inconvenientemente, não quer tudo só para si, não condena por causa de um erro cometido, não se regozija com a maldade, mas com a verdade, suporta todas as coisas, agüenta tudo. O amor nunca falha.
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O Efeito Hawthorne

Há muitos anos um pesquisador de Harvard, chamado Mayo, queria demonstrar numa fábrica da Western Electric, em Hawthorne, Nova Jersey, que havia uma relação direta e positiva entre a melhoria das condições de trabalho e sua produtividade. Uma das experiências consistiu simplesmente em aumentar as luzes da fábrica. Constataram que a produtividade dos trabalhadores aumentou. Quando estavam se preparando para começar a estudar outra faceta do ambiente de trabalho, inadvertidamente os pesquisadores diminuíram a luzes para não misturar as variáveis. Adivinhe o que aconteceu com a produtividade do trabalhador?
- Diminuiu?
-Não. A produtividade dos trabalhadores continuou aumentando! Portanto, o aumento da produtividade não foi causado pelas lâmpadas mais fortes e mais fracas, mas por alguém estar prestando atenção às pessoas.
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Seja bom com os outros. A distancia que você caminha na vida vai depender da sua ternura com os jovens, da sua compaixão com os idosos, da sua compreensão com aqueles que lutam, da sua tolerância com os fracos e os fortes. Porque algum dia na vida você poderá ser um deles. George Washington Carver

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Aqueles que precisam ouvir os apelos e gritos de seu povo devem fazê-lo com a paciência. Porque as pessoas querem muito mais atenção para o que dizem do que para o atendimento de suas reivindicações. Antigo nobre egípcio Ptah-hotep

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Espero que tenham gostado e continuarei postando aqui os melhores trechos que encontrar nessa e nas outras tantas leituras que virão. É o meu aprendizado que compartilho-com vocês. ( As palavras iniciais não são do livro, são minhas em um momento de 'rascunhos')



14 de novembro de 2011

Mas, o que faço?


Passei muito tempo afastado dos textos que me ajudam a tranqüilizar o espírito, volto agora para dizer-lhes que continuo sendo pura intensidade introvertida e disfarçada de falsa solidão. É verdade, é assim pura contradição.
Meus sonhos parecem não querer parar, aí entra em confronto com o real, e com tudo que a vida arma para poder alcançar a felicidade. Se for como diz Nietzsche, de que para se alcançar a felicidade é necessária muita dor e sofrimento, se não nunca haverá uma felicidade plena. Como uma longa escalada em uma montanha, onde o doloroso caminho cheio de pedras e ventos tempestuosos te forçam a descer mais perseverante você tem que cumprir o que se propôs a fazer, chegar ao topo da montanha, mas será que todo esse sacrifício vale a pena? Será que todas as pedras encontradas em nosso caminho merecem tanto suor para serem retiradas? Você só saberá se vale a pena se chegar ao topo da montanha. Depois de tempos turbulentos, de problemas que pareciam infindáveis, você chegou ao topo da montanha e se deparou com uma vista maravilhosa, inigualável, com um ar tão puro e uma sensação de espírito nunca sentida. Agora sim você pode se orgulhar de poder contemplar tudo isso, valeu a pena cada esforço feito. Você alcançou a felicidade.
                Eu volto a pensar em coisas que pensei não existirem mais. Pensamentos que guardei, mas que sempre fiz questão de não lembrar, conflitos íntimos que vivi e fiz questão de me acovardar, palavras que pensei em dizer, mas fiz questão de me calar. Tudo isso volta, e com mais força remexe com tudo que pensei ter construído. E agora o que faço? Refaço tudo ou deixo de lado como fiz antes? Mas uma vez eu não sei a resposta, não sei se tudo o que eu quero é o que eu posso.
                Quanto mais me coloco a pensar sobre isso mais filosófico fica tudo, questionamentos vão surgindo, mais e mais perguntas vão aparecendo e eu com as respostas, mas não sei pra quais perguntas. O que eu faço?

27 de outubro de 2011

A VERDADE POR TRÁS DA PROIBIÇÃO DO USO DE SACOLAS PLÁSTICAS NO BRASIL


Por Marcio R. N. Sousa e Rogéria Márcia[1]

Essa questão tem sido muito discutida nos meios de comunicação nos últimos meses, principalmente quando a prefeitura da maior cidade do país – São Paulo – e de outras grandes cidades resolveram adotar medidas para desestimular o uso de sacolas plásticas nos estabelecimentos comerciais.
Esse debate, de fato, é bastante relevante. Em muitos países essa proibição já existe há anos, como é o caso dos países europeus e norte-americanos. A discussão parte de constatações de que a produção e o consumo de plásticos representam um grande impacto para o meio ambiente e para a vida dos seres humanos e animais.
Quais são esses motivos que justificam a proibição do uso de sacolas plásticas?

Um pouco da história do plástico

O plástico personifica como nenhum outro produto a síntese da vida moderna, marcada pela pressa e pelo uso de produtos com facilidade de descarte. Sua raiz etimológica é grega e significa aquilo que pode ser moldado. Sua invenção data dos anos de 1892 e representou uma grande revolução. Mas, a sua disseminação foi maior a partir dos anos de 1920. Sua produção usa como matéria-prima as resinas derivadas do petróleo, pertencentes ao grupo dos polímeros (moléculas muito grandes, com características especiais e variadas.
No caso das sacolas plásticas, elas foram introduzidas no cotidiano mundial a partir dos anos de 1950 e se popularizou na década de 1970, devido a sua facilidade no manuseio de produtos comprados em supermercados, feiras, lojas e, também, por seu baixo custo de produção. Segundo Instituto Akatu, estima-se que sejam produzidos anualmente de 500 bilhões a 1trilhão de unidades de sacolas no mundo. No Brasil, esse número chega aos 15 bilhões de unidades.

Os efeitos sobre o meio ambiente e a vida animal

Segundo o Instituto Akatu, por ser feita de petróleo (especificamente de polietileno) a sacola plástica leva centena de anos para se decompor, ou seja, um saquinho que se joga hoje poderá ser encontrado no futuro por nossos tataranetos, pro exemplo. Por isso, elas são um grande agente poluidor, que degrada rios, lagos e mares e, quando é descartado no meio urbano, entope bueiros e tubulações de esgoto, causando as enchentes que grandes transtornos trazem aos moradores das grandes cidades.
Nos Oceanos a poluição causada pelo plástico tem sido mais evidente. Segundo o relatório do Programa Internacional Sobre os Estados dos Oceanos (IPSO, na sigla em inglês), existe grandes quantidades de partículas de plástico nas águas oceânicas que, além de prejudicar a alimentação dos peixes que os consomem, é responsável pela proliferação de algas tóxicas, acidificando os mares e, consequemente, diminuindo a concentração de oxigênio na água, contribuindo para o aquecimento global e ameaçando os recifes de corais.
Os seres humanos não estão imunes aos efeitos do uso plástico. De acordo com o artigo publicado no jornal Environmental Research[2], sob o título “O mundo de plástico”, a exposição aos materiais usados na fabricação, tais como o Bisphenol A e os ftalatos e retardantes de chama (BPDEs), produzem efeitos indesejáveis à saúde humana. Esses ingredientes são cumulativos e não são excretados pelo nosso organismo e são responsáveis por distúrbios químicos que comprometem a produção de hormônios. Além disso, comprometem o desenvolvimento dos órgãos sexuais masculinos e do cérebro de crianças.
Diante de um quadro verdadeiramente assustador, quais são as alternativas que se apresentam?

Alternativas para o uso de sacolas plásticas

A grande alternativa atualmente é a substituição das sacolas comuns, a base de petróleo, por sacolas plásticas feitas com materiais biodegradáveis, à base de cana de açúcar e milho, cuja degradação se dá em poucos meses e não se açula no solo e nos oceanos. No entanto, a reclamação por parte dos comerciantes é que o custo dessa iniciativa ainda é muito alto e, pode inviabilizar os negócios.
 Entretanto, muitas alternativas a esse problema vêm sendo implementadas. Aqui no Amapá, por exemplo, existe uma iniciativa do Vereador Clécio Luis do PSOL/Amapá, por meio do Projeto de Lei Municipal nº. 046/10-CMM, que objetiva instituir incentivos fiscais no valor dos Alvarás de Licenciamento e Autorização para os estabelecimentos comerciais que forneçam aos consumidores, no acondicionamento e entrega de produtos e mercadorias, sacolas de papel, sacolas reutilizáveis ou sacolas plásticas biodegradáveis.
Algumas redes de supermercados da capital Macapá – como a rede de supermercados Fortaleza – já oferecem, ainda que timidamente, sacolas reutilizáveis para os seus clientes.
Essas tentativas visam resgatar os hábitos de consumo de pouco mais de 30 anos, quando nossos pais e avós iam com suas sacolas para as feiras e nos açougues as carnes eram embaladas em papel jornal, assim como, o nosso pão de cada dia. Sem falar no açaí que era vendido nas batedeiras e era acondicionado diretamente nas panelas de alumínio trazidas pelos clientes.
Em bem verdade que a vida moderna dificulta essa volta às origens. Mas é urgente a busca de novas alternativas para a substituição das sacolas plásticas a base de petróleo, que envolvam a conscientização dos consumidores aliado a adoção dessas novas alternativas biodegradáveis. Caso contrário, isso contribuirá significativamente para inviabilizar a vida no Planeta Terra.


[1] Acadêmicos do 2º Semestre do Curso de Comunicação Social, da Faculdade SEAMA.

21 de setembro de 2011

Rodrigo Day!



Ficando mais velhinho hoje e devolverei as felicitações. Já que os agradecimentos pelo Facebook foram pequenos, visto que a limitação de caracteres me impediam de fazê-los com a devida importância que merecem.

Tenho pessoas que hoje são ausentes em minha vida, mais que tiveram uma importância impar para a minha construção pessoal.
Vou começar agradecendo aos amigos virtuais por “lembrarem” deste simples jovem que lhes escreve. Aos meus amigos da época de escola como Bellinha LimaIara Brocchi e Kamilla Guedes. As amizades que estou construindo agora, nesses novos caminhos que me atrevo a trilhar, aos meus amigos Brunno Franco, Gil Oliveira e ao Sami Pinheiro que se propuseram a me aturar (risos).
Aos meus amigos Manoel e Lula – mas que na verdade os conheço desde moleque como Jay e Lula – que são meus irmãos de criação, foram esses amigos que me ajudaram a ser o que sou hoje, eles me levaram para as primeiras partidas de futebol, me ensinaram a nadar, me levaram para as primeiras festas e me emprestaram sua casa para as noites com minhas primeiras namoradas.
As pessoas que hoje eu desejo que não sejam passageiras,desejo que se prolonguem em minha vida por muitos e muitos anos, como minha querida amiga e confidente Marlene Barriga, Ney Santafé e Oderdan.
Minha família não precisaria de citações, ela é sem duvida o meu alicerce, é o meu chão, o horizonte pra onde caminho. Meu pai é pura simplicidade, é força e voz pra horas difíceis. Com meus irmão e como siameses, podemos até brigar mas nunca nos separamos, somos a principal referencia amiga. Ao meu novo amor, meu filhão do coração Raphael, que tem me ensinado a dar novos rumos a minha vida. Para minha querida tia, que é minha mãe-gêmea (risos) e para minha batalhadora mãe, que a cada dia me da uma lição diferente sem me falar uma só palavra, é a força que preciso para todos os dias.
Termino agradecendo ao meu avô, que era exemplo de figura masculina – o implacável e destemido homem – figura simples e complexa. Cheio de vontades e conquistas e sempre repassou isso a seus filhos e netos. Sei que onde quer que ele esteja hoje, ele deve estar me felicitando.

Obrigado a todo!

12 de setembro de 2011

Submissão feminina: uma característica guardada





Há décadas atrás a latente submissão feminina era símbolo de uma boa educação, de que bons modos foram passados e que ela estava pronta pra casar e ser uma eximia dona de casa (a mulher na Idade Média). Hoje isso não mudou muito, ela é educada para ser introvertida, guardar para si próprio os ideais feministas e atender a seus irmãos, tios, maridos e chefes com educação e mostrar-se uma pessoa segura e pulso firme, uma mulher de fibra. Isso tudo é uma embalagem colocada para que elas se coloquem assim, esnobem as atitudes machistas e autoritárias. Apesar das negativas que as mulheres farão ao ler essas palavras no fundo elas saberão que tudo isso é real e que conhecem mulheres que são exatamente assim ou se identificaram com algum ponto comentado. Mas toda essa opinião ficara guardada para si própria para não expor o seu lado submisso para as pessoas que vêem você como uma fortaleza.

Segundo Nietzsche a mulher vê o homem, secretamente, como o aço vê o imã, tal qual dissesse a si mesma: “odeio-te porque tens força o bastante para me atrair, mas não tens força o bastante para me vergar”. A mulher sente necessidade de se sentir protegida, é como poder ter o cordão umbilical novamente, tem alguém que às alimente de afeto e elogios, que lhe acaricie e a exalte. Isso é a atração que as faz forçar a se envergar, a se entregar, que se submetam completamente aos caprichos masculinos e sociais, mas como querem fugir da envergadura tendenciosa que às querem submeter elas se põem em casulos esnobes, frios, rudes e amargos. Isso coloca a mulher como objeto de proteção do homem.

A bíblia diz em Efésios 5.22-24: (22) Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor, (23) pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. (24) Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos. A “mulher moderna” entende esses parágrafos como uma ofensa. Mas, fato é, colocasse assim a submissão feminina segundo a bíblia. As mulheres mais conservadoras (e altamente religiosas) entendem e seguem isso, mas hoje a maior parte faz questão de fugir desses modos, querem parecer super modernas, talvez até vanguardistas, mas como o homem na maioria dos lares e o provedor, administrador e mentor da casa sobra à mulher duas opções: dedicar-se a vida doméstica ou infiltrar-se em uma sociedade machistas e sofrer os abusos masculinos no qual não sofreria em casa.

De uma forma análoga, a mulher pouca razão tem para ser submissa em qualquer coisa. Se tomarmos como fato natural que ela pode ser atraída, mas não existe possibilidade de vergá-la, não há preço que torne isso justificável, do ponto de vista dela, ceder o que é impossível de ser cedido. Justamente porque ceder domínio não significa estar sendo dominada, e segundo ela, não é um domínio real. As mulheres gostam de parecer ao homem que eles podem mandar, que os maridos podem ser donos de suas esposas, quando na verdade – segundo elas –quem domina são as mulheres. Isso é pura utopia feminina, quanto mais elas pensam que enganam, aí é que se enganam mais, com uma auto-submissão como afirma Nietzsche.

A submissa voluntária é, hoje, algum tipo de gueixa em pleno século XXI. Para considerar uma relação assim bem sucedida, se toma que por livre e espontânea  vontade, a mesma elege alguém a quem dá seu comando, uso e fruto, sobre seus atos e corpo.

Independente da posição social que ocupa, da condição financeira que tenha, do cargo que exerça e do intelecto que possui, as mulheres sempre trarão em si a submissão, seja ela na relação conjugal, ou na relação social que está inserida, ela pode expor isso de maneira intima ou de maneira explicita, o modo depende da construção familiar em que ela foi criada.

Em contra partida é importante frisar que com tantas conquistas de espaço, a inserção nos mais diferentes seguimentos da sociedade, desde construção civil até política – prova disso é termos uma mulher na presidência deste país – é sem dúvida alguns pontos positivos para os modos comportamentais serem modificados e deletados por completo do diagnóstico da mulher moderna. Mas enquanto a mulher se deixar tomar pela fragilidade que lhe é natural e pela afetividade instantânea que possui, ela não se desprenderá do perfil submisso que os tempos de uma sociedade dominado pelo autoritarismo machista incorporou a ela. No seu íntimo você sabe que é assim, mas como disse no inicio você faz questão de não se identificar com “esse tipo de mulher”. A saída então é a mulher sair do casulo e como uma metamorfose assumir sua identidade sem fazer “tipinhos”, ser você mesma e não o que a sociedade quer que você seja.

11/09


11 de Setembro, 10 anos de uma história mal contada
Na manhã de 11 de setembro de 2011, o mundo ficou estarrecido com o maior ataque terrorista registrado na história, cerca de 3000 pessoas foram vitimadas por um ataque orquestrado pela facção terrorista Al Qaeda encabeçada por Osama Bin Laden. A comoção tomou conta do planeta, 4 aviões comerciais foram seqüestrados pelos terroristas, dois foram lançados nas torres gêmeas do Word Trade Center, um terceiro avião de passageiros caiu contra o Pentágono, em ArlingtonVirgínia, nos arredores de Washington D.C. o último avião caiu em um campo próximo de Shanksville, na Pensilvânia, depois que alguns de seus passageiros e tripulantes tentaram retomar o controle do avião, que os seqüestradores tinham reencaminhado para Washington D.C. Em nenhum dos vôos houve sobreviventes. Isto é o que diz a história oficial apresentada pelo governo dos EUA e a imprensa mundial. Desde este fatídico dia, ao chegar setembro, teóricos e especialistas tentam explicar os motivos que levaram os terroristas a atacarem as torres gêmeas, e mais, apresentam dicas de segurança, e novos documentários são lançados com imagens e entrevistas inéditas sobre o 11/09.
Mas e se você descobrisse que após 10 anos, estes fatos não ocorreram exatamente como são apresentados? Que nunca existiu um “ataque terrorista” orquestrado por Osama Bin Laden? Que quase três mil pessoas foram assassinadas na verdade, pelo governo americano? Isso mesmo, para salvar a economia americana, foi necessário sacrificar milhares de vidas, em uma armação mundial sem precedentes, que dividiu a recente história mundial em antes e depois de 11/09. Esta armação também criou uma nova forma de se fazer guerra, a guerra preventiva, e criando um dos termos mais utilizados nos últimos 10 anos. A “guerra ao terror” foi responsável pela invasão americana ao Afeganistão e o Iraque. Mas quem em sã consciência seria contra combater o terror? Quem poderia acreditar que o próprio governo americano montaria uma farsa sem precedentes, sacrificando a vida de centenas de vítimas, inclusive americanas, em nome da economia dos EUA?
Hoje, dez anos depois, todos ainda guardam na memória as imagens do 11/09. Com toda certeza, todos guardam também na memória, as guerras que se seguiram nos anos seguintes, período que muito se falou em “guerra ao terror”, Bin Laden, Saddam, Bush, Al-Qaeda, “eixo do mal”, “novos ataques terroristas” e por ai afora.
Mas uma coisa todo e qualquer analista sério do 11/09 pode verificar e afirmar, é que este fato não ocorreu como um raio no céu azul da civilização. Foi resultado de movimentos materiais e econômicos, afinal, um ciclo se fechava no terceiro trimestre do ano 2000, a explosão da mais pesada crise industrial dos EUA nos últimos 50 anos, que criou a possibilidade de depressão econômica global. Uma crise no coração da maior potência militar e econômica do mundo, mas precisamente na Bolsa de Valores de Nova York, na sua bolsa eletrônica, conhecida como Nasdaq, onde eram negociadas as ações da então pujante Nova Economia. O que estava em jogo era a possibilidade de que aquelas turbulências do mercado, que marcaram a chegada do novo milênio, pudessem evoluir para uma crise de dimensões catastróficas e conseqüências sociais imprevisíveis.
A experiência mostra para a humanidade, que quando a política externa domina a vida pública, é a questão militar que prevalece sobre a economia. Os EUA de George W. Bush era a ilustração pratica deste princípio da ciência política. Até a metade de 2002 a recuperação da economia americana não estava garantida. No mês de junho de 2001, segundo dados do Departamento do Comércio dos EUA, as encomendas de bens de consumo duráveis caíram 3,8%, bem mais que as expectativas do mercado, que era uma queda de apenas 0,7%. O pior é que as encomendas de máquinas e equipamento (bens de capital) diminuíram em 6,7%, sendo a maior queda desde fevereiro de 2000. Pesquisas privadas mostravam que os investimentos fixos caíram 5,1% no ano. Tudo isso acabou mexendo na taxa de utilização da capacidade instalada, uma variável estratégica não só para a recuperação dos investimentos como para o nível de emprego da força de trabalho, que em julho daquele ano havia caído para perigosos 74,4% na manufaturas. Uma queda abaixo de 70%, faria a taxa de desemprego, naquele momento em 6% subir para 11% ou 12% da população economicamente ativa.
Seria necessário então colocar sua indústria bélica não só para funcionar, mas principalmente para servir de trator e puxar do atoleiro os outros setores da economia americana. Para isso, nada mais comovente para a opinião pública que uma ataque terrorista, mesmo que ele tivesse de ser criado somente para este motivo.
Para melhor visualizar (clique aqui), vejamos os acontecimentos de forma cronológica. A Torre Norte (WTC 1), com a grande antena no topo, foi atingida às 08h45min (horário de Nova York) e queimou durante 103 minutos por 5 andares, desabando às 10h28min. A Torre Sul (WTC 2) foi atingida as 09h03min e queimou durante 56 minutos em 8 andares, desabou às 09h59min. Ambos os edifícios tinham 110 andares e uma altura de 415 metros. O WTC 7, sequer foi atingido por um avião e desabou às 17h20min do mesmo dia em apenas 7 segundos.
Os três prédios do WTC foram os únicos edifícios de alta estrutura, antes e após 11 de setembro, a desabar devido a incêndio e danos, nunca tinha acontecido e nunca voltou a acontecer. Como exemplo temos o edifício One Meridian Plaza de 38 andares, na Filadélfia, pegou fogo em 23 de fevereiro de 1991 e o incêndio durou 18 horas se espalhando por 8 andares mas não desabou. Em 17 de outubro de 2004, um edifício em Caracas de 56 andares, construído em 1976, pegou fogo que durou 17 horas e se espalhou por 26 andares e não desabou. Em fevereiro de 2005 um incêndio imenso na Windsor Tower, arranha-céu em Madri durou 20 horas e o edifício, mas no final a estrutura permaneceu em pé. O WTC 3, um prédio de 22 andares diretamente abaixo das torres foi dividido ao meio pelos destroços mais não desabou. O WTC 4, um prédio de 9 andares foi quase completamente destruído mas a estrutura continuou em pé. O WTC 5 e 6 também sofreram enormes danos em suas estruturas, e não desabaram.
A explicação oficial fornecida pelo órgão encarregado das investigações da causa do colapso do WTC, o NIST (National Institute of Standards and Tecnology) órgão que cumpre nos EUA a mesma função do Inmetro, é chamada de Teoria da Vergadura para Dentro (Inward Bowing Theory). Esta afirma que as colunas arqueadas de uma das paredes curvaram-se devido ao calor do incêndio e não foram capazes de agüentar o peso. Este peso foi transferido para as colunas adjacentes através das  treliças, que rapidamente também ficaram sobrecarregadas e em uma seqüência rápida, essa instabilidade se espalhou por todas as outras paredes. Então a seção do edifício acima do ponto de impacto, perto do 98º andar, agindo como um bloco rígido inclinou-se pelo menos 8 graus para o sul. O movimento para baixo desse bloco foi mais do que a estrutura danificada pôde resistir, e o colapso geral começou.
Desse momento em diante o NIST aparentemente se baseia na hipótese “bate-estacas” sugerida em uma série de artigos de Zdenek Bazant com vários co-autores. Ele descreve um cenário onde o topo do edifício, parte acima do ponto de impacto, permanece rígido conforme vai destruindo a parte de baixo. Apenas quando a parte de baixo foi completamente destruída em uma pilha compacta de destroços a parte de cima se destrói.
A teoria mais difundida para o desabamento foi a Teoria de Panquecas, criada pela Federal Emergency Management Agency, esta afirmava que de alguma forma, os pisos se soltaram e foram se chocando uns aos outros, mas teve de ser descartada pelo NIST, pois após a realização de vários testes, concluiu-se que mesmo com as temperaturas sugeridas no WTC, o sistema de treliças de aços integradas com concreto, não entrariam em colapso.
A queda do WTC 7, foi atribuída uma falha de uma única coluna que estava apoiada em vigas em um cenário complexo envolvendo expansão térmica dessas vigas, devido a incêndios isolados de mobília de escritório. Depois é dito que o interior do edifício desabou dentro de sua própria base e foi seguido pelas paredes externas que tinham se tornado uma casca oca. Dessa forma, de acordo com NIST, os vídeos existentes mostram apenas o colapso das paredes externas.
Essas foram as explicações oficiais fornecidas pelo NIST, que foi encarregado pelo governo Bush de investigar a causa do colapso, estas são as explicações que devemos acreditar se acharmos que o governo dos EUA está dizendo a verdade.
Uma informação importante sobre o fogo que a maioria das pessoas não conhece é que quando ele tem essa cor amarela esbranquiçada, é porque está queimando muito oxigênio. No caso do WTC o fogo era vermelho escuro e a fumaça muito escura indicando que quase não existia mais oxigênio para queimar, e sem oxigênio o fogo não queima.
Nos destroços do WTC foram encontradas piscinas de metal derretido, mesmo tendo chovido entre os dias 14 e 21 de setembro, e de terem sido utilizados retardante de fogo e água. Os bombeiros só conseguiram extinguir o fogo em 13 de dezembro. Não esqueça que aço (o metal usado na estrutura do WTC) só derrete a 1510º C em incêndios de móveis de escritório pode chegar, em condições mais favoráveis possíveis, mesmo considerando o combustível do avião, WTC 7 até 760º C. Para a teoria do NIST funcionar o aço teria que chegar a pelo menos 980º C.     
Em um vídeo encontrado na internet chamado “Explosions on 911” vários bombeiros estão juntos de um telefone público ligando para casa dizendo para suas famílias que estão bem. De repente eles se assustam com um som muito alto de uma explosão. Essa é uma das explosões no WTC 7 que ocorreu muito antes do seu desabamento. O Dr. Niels Harrit, professor de química da Universidade de Kopenhagen, assim como oito outros professores e especialistas analisaram a poeira das torres pulverizadas, e encontraram lá nanothermite, um poderoso explosivo que é usado somente por militares, este explosivo é 10 vezes mais destrutivo que um explosivo convencional, e somente através dele haveria energia suficiente para pulverizar 200 mil toneladas de aço, 56 mil m² de vidro, 470 mil m² de paredes de gesso, além de 24 mil m² de revestimento de mármore 425 m³ de concreto. Mas o0 que este explosivo fazia no local do atentado, pois para fabricá-lo é necessário laboratórios especiais e alta tecnologia, o que com certeza Bin Laden não possuía em sua caverna.
Por fim, o zelador da torre gêmea Willian Rodriguez, que já trabalhava na torre há 20 anos afirmou que mesmo antes do primeiro impacto houve barulho de explosão, um estrondo  de detonação no subsolo, gerando uma grave devastação e muitos mortos e feridos até que então colidiu o primeiro avião. Este fato nunca foi mencionado pela comissão responsável pela investigação do 11/09, embora ele tenha se apresentado para testemunhar.
Está mais que clara a responsabilidade do governo americano, e seus motivos no caso do 11/09. Os interesses em salvar a economia com a criação de uma tragédia sem precedentes na história moderna é comprovado em outros fatos, como por exemplo os gastos com a investigação. Na queda da espaçonave Columbia foram gastos US$ 175 milhões, no caso Monika Lewiski contra o presidente Clinton US$ 30 milhões, e para o 11/09 risíveis US$ 15 milhões. É claro que a meta da comissão de investigação do 11/09 não era encontrar os verdadeiros culpados, nem encontrar a verdade, mas sim promover uma verdadeira limpeza do local do crime, o que ocultaria os verdadeiros culpados. Assim, as principais testemunhas oculares, provas e opiniões de peritos independentes foram abafadas e somente liberado aquilo que o governo americano permitiu. Mais ou menos como pedir que no caso de um assassinato, o assassino conduza as investigações, pois até o presidente da comissão investigatória era uma pessoa de confiança do governo Bush, mostrando que a independência do relatório, assim como a sua confiabilidade, era puro conto de fadas. E o governo Bush, mostrou ser o maior criador de mitos, pois no caso do 11/09 foi exatamente isso que ele fez.

Renato Atayde
Kindolle Viana

Acadêmicos de Publicidade e Propaganda
Faculdade SEAMA

31 de agosto de 2011

Primavera Chilena continua


Movimento rejeita oferta sobre reforma educacional e exige ensino público gratuito


                O presidente do Chile, Sebastián Piñera, firmou um acordo nacional para a educação, que inclui um fundo de US$ 4 bilhões, em uma tentativa de pôr fim aos protestos que exigem maior contribuição do Estado neste sentido.

                       Os estudantes chilenos questionam a proposta do presidente, afirmando que o  documento é muito "ideológico", e em vez de fortalecer a educação pública, "tende a privatiza-la".

                  As lideranças estudantis consideraram o acordo insuficiente para atender as necessidades do ensino superior. Segundo eles o maior ponto é o endividamento financeiro que eles tem acumulados, cursar uma disciplina na Universidade do Chile pode custar US$ 8.000 por ano. Cerca de 40% dos estudantes deixam a universidade endividados. "Queremos acabar com o lucro, avançar com um sistema de ensino público de qualidade, com acesso equitativo, democrático e gratuito para garantir o direito à educação", disse a líder estudantil Camila Vallejos.

Estudantes chilenos em confronto com a polícia

Ministro chileno Pablo Nogueira




                         Assim como haviam anunciado os estudantes fizeram novos protestos afim de que a educação seja mais respeitada e ao alcance de todos. O ministro chileno da Economia, Pablo Longueira, declarou que "se não pudesse pagar a educação de meus filhos, também estaria marchando". Infelizmente nem todos podem fazer o mesmo e acabam se afundando nos altos custos do ensino superior chileno.

19 de agosto de 2011

A 'faxineira explosiva' do PT


Do Estadão: Petistas temem que ''faxina'' de Dilma carimbe gestão de Lula como ''corrupta''


A 'faxina' no governo da presidente Dilma Rousseff, que já derrubou quatro ministros em dois meses e doze dias, causa extremo desconforto no PT. Dirigentes do partido, senadores, deputados e até ministros temem que, com a escalada de escândalos revelados nos últimos meses - especialmente nas pastas dos Transportes, do Turismo e da Agricultura -, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva acabe carimbado como corrupto. Todos os abatidos na Esplanada foram herdados de Lula.
Em conversas a portas fechadas, petistas criticam o estilo de Dilma, a 'descoordenação' na seara política e o que chamam de 'jeito duro' da presidente. Uma das frases mais ouvidas nessas rodas é: 'Temos de defender o nosso projeto e o Lula.' Mesmo os que não pregam abertamente a volta de Lula na eleição de 2014 dizem que Dilma está comprando brigas em todas as frentes - do Congresso ao movimento sindical -, sem perceber que, com sua atitude, alimenta o 'insaciável leão' do noticiário e incentiva o tiroteio entre aliados.
Na avaliação de petistas, o poderoso PMDB - que na quarta-feira perdeu o ministro da Agricultura, Wagner Rossi - não é confiável e acabará dando o troco a qualquer momento.
Dilma chamou ministros e dirigentes do PT para uma conversa no domingo à noite, no Alvorada. A presidente pediu o encontro para ouvir a avaliação de auxiliares sobre a crise na base.
Ela contou ali sobre a reunião com Lula na semana anterior, admitiu a necessidade de se reaproximar dos partidos que compõem a coligação e avisou que teria um tête-à-tête no dia seguinte com o vice-presidente Michel Temer e com os líderes do PMDB na Câmara e no Senado. Àquela altura, a situação de Rossi era considerada complicada, mas ainda não havia sido divulgada a notícia do uso do jatinho de uma empresa que tem negócios com o governo pelo então ministro, afilhado de Temer.
Com receio da reação de Dilma - conhecida pelo temperamento explosivo -, alguns ministros pontuaram, com todo o cuidado, os problemas de relacionamento no Congresso após as demissões e citaram o PMDB e o PR. As alianças para as eleições municipais de 2012 também entraram na conversa. Diante de Dilma, no entanto, ninguém rasgou o verbo e muito menos criticou o estilo adotado por ela.
Um ministro disse ao Estado, sob a condição de anonimato, que, não fosse a pesquisa CNI/Ibope recém saída do forno - o levantamento fora divulgado na quarta-feira, quatro dias antes da reunião no Alvorada -, a presidente acharia que tudo estava bem. Naquela pesquisa, a avaliação favorável do governo Dilma caiu 8 pontos em relação à sondagem anterior, de março, quando 56% dos entrevistados consideraram o governo Dilma 'ótimo ou bom'. Agora foram 48%.
Embora Dilma tenha falado sobre a necessidade de curar feridas em sua base de sustentação no Congresso, em nenhum momento ela mostrou arrependimento na forma como tem agido. Segundo relatos, a presidente disse que precisou fazer uma reformulação no Ministério dos Transportes, administrado pelo PR, por causa de irregularidades descobertas no setor. Mas não seria sua intenção recorrer a uma 'faxina geral' na Esplanada, sem motivos concretos.
Uma mudança de estratégia, no entanto, foi acertada no Alvorada. Dilma concordou que o governo precisa divulgar melhor os seus programas e criar uma agenda positiva para reagir à crise. Não foi só: ela também garantiu aos petistas que viajará mais e dará mais entrevistas aos veículos de comunicação do interior.
Há dez dias, 12 parlamentares do PT procuraram as ministras da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, no Planalto. Avisaram que o governo Dilma caminhava para o isolamento no Congresso. No diagnóstico dos petistas que foram ao Planalto, a presidente 'desarmou a linha de defesa' ao promover a 'faxina' ética sem retaguarda política. Quando as ministras quiseram saber qual era a principal queixa, um dos participantes respondeu: 'O problema é a próxima crise'.


25 de julho de 2011

Hoje é dia do escritor





        Numa entrevista, Ignácio de Loyola Brandão, à pergunta sobre qual seria o papel do escritor no Brasil, respondeu que "o papel do escritor no Brasil, ou no mundo, ou na lua é escrever. Nada mais do que isso. Escrever. O escritor não tem missões, não tem mensagens, não tem funções".
Talvez ele queira dizer que o escritor não precisa ser o redentor do mundo, o salvador da pátria ou o libertador da lua; não tem a missão de solucionar problemas e não carrega em seu coração a mensagem essencial dos santos e revolucionários.
        Um escritor não precisa cumprir uma função específica que escape à sua intrínseca função de escrever o que bem entenda, embora aconteça com muitos de nós precisarmos escrever "em função" da estrita sobrevivência. Cumprindo uma responsabilidade, escrevemos coisas meio burocráticas, meio publicitárias, um livro contando a história de uma empresa, a resenha de um livro que não seria o nosso preferido... Enfim, mas estamos escrevendo. E com muita honra.
Nada de errado escrever para sobreviver. Contanto que, depois, à noite, alta madrugada, seja a hora em que o escritor escreva a indignação, o silêncio, o grito, o muxoxo, o sussurro. Nesta hora o escritor sofrerá ou gozará com o gosto de cada palavra.
         Depois de escrever cartas comerciais durante o dia, por exemplo (como Fernando Pessoa), é a hora de viver no mundo outro do texto. Apesar de não haver tantos moinhos como antigamente por aí, D. Quixote precisa sair em busca de novas aventuras.
       Eu, porém, diria que todo o ser humano tem missões, mensagens e funções, mesmo que sejam as mais quixotescas e ingênuas do mundo. E que o escritor, como qualquer ser humano, tem as suas.
          E a missão do escritor é, sim, ser escritor.
          E a mensagem do escritor se confunde com sua função: escrever é viver.
      Agora, dia 25 de julho, é dia do escritor. Descobri folheando a minha agenda. E decidi comemorar a data imaginando que tipo de presente um escritor gostaria de receber.
Um computador novo? Um crédito para comprar cem livros em qualquer livraria do mundo? Um mês de férias para, em paz, escrever um romance? Ou uma tradicional caneta tinteiro?
Pensando bem, o grande presente para o escritor continuará sendo o mesmo de todos os tempos: os seus leitores.





Deixo aqui o poema de uma grande escritora que eu gosto muito.


PEDAÇOS DE MIM


Eu sou feito de

Sonhos interrompidos

detalhes despercebidos

amores mal resolvidos


Sou feito de

Choros sem ter razão

pessoas no coração

atos por impulsão


Sinto falta de

Lugares que não conheci

experiências que não vivi

momentos que já esqueci


Eu sou

Amor e carinho constante

distraída até o bastante

não paro por instante




Tive noites mal dormidas

perdi pessoas muito queridas

cumpri coisas não-prometidas


Muitas vezes eu

Desisti sem mesmo tentar

pensei em fugir,para não enfrentar

sorri para não chorar


Eu sinto pelas

Coisas que não mudei

amizades que não cultivei

aqueles que eu julguei

coisas que eu falei


Tenho saudade

De pessoas que fui conhecendo

lembranças que fui esquecendo

amigos que acabei perdendo

Mas continuo vivendo e aprendendo.

Martha Medeiros