14 de novembro de 2011

Mas, o que faço?


Passei muito tempo afastado dos textos que me ajudam a tranqüilizar o espírito, volto agora para dizer-lhes que continuo sendo pura intensidade introvertida e disfarçada de falsa solidão. É verdade, é assim pura contradição.
Meus sonhos parecem não querer parar, aí entra em confronto com o real, e com tudo que a vida arma para poder alcançar a felicidade. Se for como diz Nietzsche, de que para se alcançar a felicidade é necessária muita dor e sofrimento, se não nunca haverá uma felicidade plena. Como uma longa escalada em uma montanha, onde o doloroso caminho cheio de pedras e ventos tempestuosos te forçam a descer mais perseverante você tem que cumprir o que se propôs a fazer, chegar ao topo da montanha, mas será que todo esse sacrifício vale a pena? Será que todas as pedras encontradas em nosso caminho merecem tanto suor para serem retiradas? Você só saberá se vale a pena se chegar ao topo da montanha. Depois de tempos turbulentos, de problemas que pareciam infindáveis, você chegou ao topo da montanha e se deparou com uma vista maravilhosa, inigualável, com um ar tão puro e uma sensação de espírito nunca sentida. Agora sim você pode se orgulhar de poder contemplar tudo isso, valeu a pena cada esforço feito. Você alcançou a felicidade.
                Eu volto a pensar em coisas que pensei não existirem mais. Pensamentos que guardei, mas que sempre fiz questão de não lembrar, conflitos íntimos que vivi e fiz questão de me acovardar, palavras que pensei em dizer, mas fiz questão de me calar. Tudo isso volta, e com mais força remexe com tudo que pensei ter construído. E agora o que faço? Refaço tudo ou deixo de lado como fiz antes? Mas uma vez eu não sei a resposta, não sei se tudo o que eu quero é o que eu posso.
                Quanto mais me coloco a pensar sobre isso mais filosófico fica tudo, questionamentos vão surgindo, mais e mais perguntas vão aparecendo e eu com as respostas, mas não sei pra quais perguntas. O que eu faço?

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