Passei muito tempo
afastado dos textos que me ajudam a tranqüilizar o espírito, volto agora para
dizer-lhes que continuo sendo pura intensidade introvertida e disfarçada de
falsa solidão. É verdade, é assim pura contradição.
Meus sonhos
parecem não querer parar, aí entra em confronto com o real, e com tudo que a
vida arma para poder alcançar a felicidade. Se for como diz Nietzsche, de que
para se alcançar a felicidade é necessária muita dor e sofrimento, se não nunca
haverá uma felicidade plena. Como uma longa escalada em uma montanha, onde o
doloroso caminho cheio de pedras e ventos tempestuosos te forçam a descer mais
perseverante você tem que cumprir o que se propôs a fazer, chegar ao topo da
montanha, mas será que todo esse sacrifício vale a pena? Será que todas as
pedras encontradas em nosso caminho merecem tanto suor para serem retiradas?
Você só saberá se vale a pena se chegar ao topo da montanha. Depois de tempos
turbulentos, de problemas que pareciam infindáveis, você chegou ao topo da
montanha e se deparou com uma vista maravilhosa, inigualável, com um ar tão
puro e uma sensação de espírito nunca sentida. Agora sim você pode se orgulhar
de poder contemplar tudo isso, valeu a pena cada esforço feito. Você alcançou a
felicidade.
Eu
volto a pensar em coisas que pensei não existirem mais. Pensamentos que guardei,
mas que sempre fiz questão de não lembrar, conflitos íntimos que vivi e fiz
questão de me acovardar, palavras que pensei em dizer, mas fiz questão de me
calar. Tudo isso volta, e com mais força remexe com tudo que pensei ter construído.
E agora o que faço? Refaço tudo ou deixo de lado como fiz antes? Mas uma vez eu
não sei a resposta, não sei se tudo o que eu quero é o que eu posso.
Quanto
mais me coloco a pensar sobre isso mais filosófico fica tudo, questionamentos
vão surgindo, mais e mais perguntas vão aparecendo e eu com as respostas, mas
não sei pra quais perguntas. O que eu faço?
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